Nas coxas? Não… nas bolas!

Para quem estava com saudades, o Putz! voltou. E com uma história bem… hum… bem quase picante, vamos dizer assim. Diretamente do mundo esportivo para o Fala Cassilda! e contada exclusivamente pela experiente repórter alagoana Fernanda Medeiros.

Certa vez, conta Fernanda, lá pelos anos de 1990, ela cobria um jogo de futebol entre o time Clube de Regatas Brasil (o CRB) e algum outro adversário fora de questão. Questão mesmo é que, num bate-rebate dentro de campo, determinado jogador caiu ferido à beira do gramado.

Fernanda (ou Fernandinha, como é conhecida na redação), que assistia a tudo atentamente e fazia relatos ao vivo para a rádio Progresso, não perdeu tempo, se meteu entre os enfermeiros e lá foi conferir o que havia acontecido. Jogador estendido na grama, mão enfiada entre as pernas, cara de sofrimento e médico com ar de preocupação.

A repórter entra no ar, para todos os ouvintes da rádio Progresso:

– Vamos agora falar com o médico do CRB. Doutor, a pancada foi na virilha??

O médico, já a par de toda a situação, encarou Fernandinha e soltou, sem dó nem piedade da jornalista:

– Não, foi nas bolas!

E, ao vivo mesmo, os colegas, comentaristas e narrador, não perdoaram:

– Tá vendo, Fernandinha, quem mandou ser tão curiosa??

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A história citada acima é verídica e foi contada pela própria jornalista Fernanda Medeiros, que tem mais de 15 anos de carreira e, antes de chegar ao jornalismo impresso, passou pela rádio Progresso e pela rádio Jornal, ambas em Alagoas. Hoje ela atua no jornal Gazeta de Alagoas, como repórter da editoria de Esportes e como editora de Religião .

Vice-reitor da Ufal fala sobre diploma de Jornalismo e outros assuntos [ENTREVISTA]

Nosso encontro foi na última sexta-feira, por volta das 10h da manhã, quando fui à vice-reitoria da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) solicitar ajuda de custo para minha viagem a Curitiba, no próximo mês de setembro. Fui informada por ele que, por impedimentos jurídicos, a Ufal não poderia me auxiliar, já que o vínculo institucional foi quebrado. Em palavras mais claras: já me formei e já cancelei meu número de matrícula. E qualquer ajuda financeira a quem não tem vínculo institucional com a universidade poderia ser mal vista por uma possível auditoria. Entendi.

De qualquer forma, ele, Eurico Lôbo, vice-reitor da Ufal, garantiu que tentará articular a ajuda com outro órgão de fomento à Educação, o que inclui a Secretaria Estadual de Educação. Até lá, torço por alguma resposta positiva que me permita apresentar meu Trabalho de Conclusão de Curso – Livro-reportagem: Por trás dos muros – ao público do Intercom 2009.

Claro, aproveitei a ocasião para fazer uma rápida entrevista com o vice-reitor. Inicialmente hesitante – por causa de problemas que já teve com estudantes que teriam distorcido as falas dele – Eurico Lôbo aceitou responder algumas perguntas, diante de meu encarecido pedido: “Mas o senhor não vai negar uma entrevista a uma profissional que acabou de se formar na universidade da qual o senhor é vice-reitor, não é?”.

Reeleito para o cargo de vice-reitor em 2007, ele criticou a recente decisão do STF que suspendeu a exigência do diploma em Comunicação Social para exercer atividades jornalísticas, falou sobre a abertura de novos cursos de graduação na Ufal em 2010 e até brincou quando questionado sobre as semelhanças físicas com o ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush e o astro hollywoodiano Richard Gere.

Enfim, o tempo era curto, as questões foram poucas, mas as respostas estão aí, tais como foram ditas [bem-vindo gravador!]. Leitores do Fala Cassilda!, fiquem à vontade para comentar!

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“O DIPLOMA PARA JORNALISMO É ESSENCIAL”

Fala Cassilda: Enquanto vice-reitor da Ufal, como o senhor recebeu a sentença do STF que pôs fim à obrigatoriedade do diploma em Comunicação Social para o exercício do Jornalismo?

Eurico Lôbo: Eu tenho o entendimento de que existem, dentro das diferentes áreas de conhecimento, as especificidades de cada uma dessas áreas na execução das atividades inerentes. Eu entendo que a obrigatoriedade do diploma para a atuação no Jornalismo é importante, porque ela não pode ser diferenciada das demais carreiras, onde se faz os registros, onde se tem a necessidade de diplomas específicos, eu não vejo diferente. Evidentemente que, dentro do Jornalismo, têm aquelas questões relacionadas a matérias específicas, que exigem domínio de conhecimentos específicos. Mas, uma vez essas questões sendo resolvidas, é importante que os jornalistas tenham a garantia de sua atuação.

FC: Importante ou essencial?

EL: Essencial. Eu acho que sim.

FC: Quais as possíveis consequências dessa decisão do STF para as escolas de Comunicação do Brasil?

EL: Eu acho que um debate se abre com relação a isso, acho que é importante que as universidades tenham a possibilidade de reduscutir isso. É algo que tem um posicionamento maior do STF, mas eu acho importante que esse debate exista, porque se nós imaginarmos o conjunto da sociedade brasileira, o número de escolas que possuem cursos de Jornalismo, isso pode ter um impacto muito grande, como o desestímulo dentro da carreira. Isso precisa ser rediscutido.

FC: Uma das previsões de quem enxerga a decisão do STF de forma positiva é que agora as escolas de Comunicação tendem a melhorar significativamente em qualidade. O senhor concorda?

EL: Não sei, não vejo necessariamente isso. Acho que a melhoria dos cursos é fruto de um engajamento daqueles que fazem o curso, junto com a direção central das universidades. A melhoria eu vejo pela produção acadêmica, pelo engajamento dos professores e dos estudantes, na construção do curso. Não é uma mera decisão de cima para baixo, uma determinação que venha da Justiça, que possa interferir necessariamente nisso.

FC: E sobre a Ufal, especificamente, o senhor acredita que o número de candidatos ao vestibular para Jornalismo deve diminuir?

EL: Não tenho elementos hoje para definir isso. Acho que dentro dos cursos de Comunicação a discussão dessa temática deveria voltar à tona. Evidentemente que tudo precisa ser entendido de uma forma mais clara pela maioria: os impactos, as implicações disso, não só no processo de formação mas também na expectativa daqueles que estão cursando. É presciso discutir, é um tema de muita abrangência.

FC: Mudando um pouco de assunto, a Ufal está passando por uma śerie  de reformas, virou “um canteiro de obras”, como a sua própria gestão costuma dizer. Já ouvi falar até em construção de restaurante vegetariano. O que de fato vem por aí?

EL: Restaurante para vegetarianos eu confesso que não sei. Nós temos nutricionistas que tratam especificamente a alimentação dos estudantes e estamos trabalhando num projeto de ampliação do restaurante universitário. Nós temos crescido muito a nossa estrutura física, ampliando salas, criando novos blocos para diferentes faculdades. Isso é uma nessessidade do crescimento da universidade, que vem se renovando. Nos últimos dois anos contratamos mais de 300 professores, houve uma ampliação bastante expressiva do número de professores e de estudantes, hoje temos 65 cursos. É uma universidade que praticamente duplicou todos os seus números e ela precisa atender a esses desafios.

FC: Mas e as construções, o que são exatamente?

EL: Nós temos vários projetos em execução: um bloco para o curso de Química, outro para Física, outro para Matemática, estamos estruturando agora a Feac [Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade], mais um projeto programado para a Faculdade de Letras, outro para Medicina, também para o ICB [Instituto de Ciências Biológicas], para a Copeve [Comissão Permanente do Vestibular] – que é a nossa estrutura administrativa que realiza os nossos concursos – da Coordenação de Educação a Distância, enfim, um conjunto de obras que a universidade vem fazendo para atender à demanda crescente.

FC: E sobre os novos cursos? O senhor havia nos dito, logo no início de 2009, que novos cursos seriam abertos na Ufal. Isso realmente vai acontecer em 2010?

EL: Toda a programação que foi feita junto as diferentes unidades acadêmicas está em andamento. Agora para 2010, o que está previsto são os cursos de expansão de Delmiro Gouveia. Agora mesmo eu estava reunido com a coordenação desses cursos, nós já estamos com os projetos pedagógicos prontos, os laboratórios, já estamos em processo de contratação de docentes…

FC: Que cursos são esses?

EL: Nós teremos cerca de oito cursos lá em Delmiro: dois cursos na área de engenharia – Engenharia Civil e Engenharia de Produção -, também no eixo gestão Ciências Contábeis e Economia, Licenciatura de História, Geografia, enfim… Nós estamos trabalhamos nesses projetos, o projeto do prédio já está pronto, estamos em fase de processar as questões de natureza jurídica, licitação, aquela coisa toda… Mas com a perspectiva de em 2010 iniciarmos Delmiro de forma já muito bem estrutura.

FC: É um novo campus?

EL: Isso, é um novo campus e o vestibular já [está previsto] para 2009 para começar [os cursos] em 2010, essa é a previsão. Inclusive nós estamos já com edital já para contratação de professores para Delmiro.

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EM POUCAS PALAVRAS…

(foto: Ascom/Ufal)

Eurico Lôbo Filho (foto: Ascom/Ufal)

NOME COMPLETO: Eurico de Barros Lôbo Filho
IDADE: 52 anos
NATURALIDADE: Recife, Pernambuco
FORMAÇÂO ACADÊMICA: Graduado em Química (UNB) e Doutor em Polímeros (Universidade Du Maine, França)
FAMÍLIA: Casado, dois filhos
O QUE FAZ QUANDO NÃO É VICE-REITOR: Adoro estar com a minha família, gosto de jardinagem, de jogar tênis, gosto de ler, enfim, de fazer aquelas coisas que são prazerosas…
GOVERNO NEOLIBERAL: Sou adepto de uma sociedade livre, democrática, onde as pessoas tem a liberdade de se expressar, e dizer claramente: eu quero uma sociedade onde todos possam ter direitos iguais
O SENHOR JÁ FOI COMPARADO, POR SUPOSTAS SEMELHANÇAS FÍSICAS, AO EX-PRESIDENTE DOS EUA, GEORGE W. BUSH, E AO ASTRO HOLLYWOODIANO RICHARD GERE. QUAL COMPARAÇÃO AGRADA MAIS?
(risos) São coisas distintas. Uma seguramente não me agrada, que é o George W. Bush, até porque não tenho nenhuma semelhança com ele, nem do ponto de vista político-ideológico, nem mesmo fisicamente. O Richard Gere é mais uma brincadeira, talvez pelos meus cabelos brancos (mais risos).

Era uma vez um “tiimm”

O muro vermelho destaca a casa de número 225 na Rua Clarêncio Jucá, localizada no bairro do Farol. Uma fina corrente exposta na parede ao lado do portão é o primeiro sinal de que aquela não é uma casa qualquer. Um pequeno puxão na corrente e… “tiimm”. O som tranquilo do pequeno sino faz as vezes de cigarra e atrai o porteiro que abre entrada para o Centro de Budismo Tibetano Chagdud Kunzang Ling.

Confesso que fiquei surpresa. O trecho acima passou pela edição da Gazeta e foi publicado na edição de domingo (12/04), em matéria sobre a difusão da cultura budista em Alagoas. A surpresa não é à toa. Nem todo editor acharia conveniente a onomatopéia. Há quem avalie, inclusive, que o recurso soou infantil à reportagem e que, sendo retirado, não faria falta.

Não acho. E a explicação é simples. Quando a repórter parou em frente ao portão do centro budista, não encontrou nenhum interruptor semelhante a uma cigarra ou interfone, apenas uma correntinha pendurada por um orifício no muro. E no puxar-ou-não-puxar-eis-a-questão, ela puxou e o sino bateu. A surpresa foi tão significativa, o fato tão inusitado e a sensação tão relevante que ela, a repórter, achou por bem não ocultar o seu causador: o som do sino. Portanto, tiimm”…

Cadê o Sururu?

Instantes de prazer e agonia se revezam, confundem a mente. O ar limpo da Barra Nova e o fétido canal da Levada. A sedutora Massagueira de Dentro e a indecente foz do Rio Mundaú. Coqueiral e casas de taipa no Cadoz, miséria e barracos na Sururu de Capote. Garça voa. Desgraça à tôa. Bala perdida mata mais um no Dique Estrada. Paz e silêncio na ilha comprada por um italiano. A cada olhar, a lagoa chora e sorri.

(Do jornalista Maurício Gonçalves, em reportagem sobre o desaparecimento do sururu em Alagoas, publicada no jornal Gazeta de Alagoas, no último dia 14 de dezembro)

O fragmento de texto acima dispensa comentários. Maurício é um dos jornalistas alagoanos que mais vêm conquistando a admiração da blogueira. Sensibilidade e poesia onde muitos só enxergariam um simples fato. Não foi à tôa que todo o caderno de Cidades da Gazeta daquele domingo foi preenchido com essas belas matérias. Vale comprar a edição atrasada…

Gravador: usá-lo ou não usá-lo?

Deixe de ser burra!

(A excêntrica figura popular Tororó do Rojão, em entrevista à quase – falta bem pouco – jornalista Paula Felix. Na ocasião, ela preferiu não usar gravador de voz e pediu, gentilmente, que Tororó repetisse algumas datas. Não deu outra…)

Agradabilíssimo meu último sábado à tarde. As amigas Kassia Nobre e Paula Felix, as jornalistas Carla Serqueira e Erika Morais, uma colega chamada Sumaia (fugiu-me o sobrenome) e eu, estivemos reunidas no Shopping Farol a papear sobre jornalismo.

Livros, revistas e textos avulsos se espalharam sobre a pequena mesa, que ficou ainda menor em meio à nossa sintonia. Estiveram presentes em nossos verbos também os autores Edvaldo Pereira Lima, Heródoto Barbeiro, Eliane Brum, dentre vários outros que serviram de inspiração para nosso entusiasmo.

E no meio do papo, eis que surge a questão: usar ou não usar gravador de voz durante as entrevistas?

Argumentos a favor:

1. Você não corre o risco de se perder na entrevista e terá sempre a fala do entrevistado exatamente como ela foi dita;

2. Enquanto você faz a entrevista, pode observar tranqüilamente o ambiente, facilitando futuras descrições, coisa essencial ao jornalismo literário…

Contra:

1. O gravador pode intimidar o entrevistado e ele corre o risco de perder a espontaneidade;

2. Você pode se acomodar ao uso do equipamento e correr o risco de ficar na mão, caso o bicho resolva não funcionar…

E por aí foi. Conclusão da jornalista Erika Morais: cada entrevista é um caso diferente. Cabe à/ao própria/o jornalista avaliar quando usar ou não o gravador.

Opinião pessoal: concordo com Erika, mas não abro de papel e caneta, mesmo quando utilizo o gravador. Isso me ajuda a não perder de vista os focos da entrevista.

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Aliás, a jornalista Erika Morais – que veio de São Paulo e passa uns dias em Maceió – participa de novo bate-papo no próximo sábado, para quem se interessar em debater sobre jornalismo literário. Por enquanto, o encontro está marcado no Espaço Cultural da Ufal, na Praça Sinimbu, às 14h e 30min. Qualquer alteração informo aqui no blog.

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Aliás 2! A estudante de jornalismo e amiga Paula Felix apresenta seu Trabalho de Conclusão de Curso na próxima quinta-feira à tarde, na Ufal. O tema: uma grande-reportagem perfil sobre… ele mesmo! Tororó do Rojão. Confiram!

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Aliás 3 (último! prometo!): vejam um Putz! exclusivo com o estudante de jornalismo Rafhael Barbosa, que teve um problemão usando um gravador de voz analógico.

Seminário

– Quais os maiores ‘impecilhos’ para a profissão jornalística?

(pergunta de um estudante de Jornalismo para a jornalista Michelle Barros, durante o I Seminário Perspectivas do Mercado em Comunicação)

Jornalistas Vera Valério, Michelle Barros e Marcus Toledo

Jornalistas Vera Valério, Michelle Barros e Marcus Toledo (no centro, o estudante e mediador Anthony Santos)

Pois é, fiquei devendo algumas impressões sobre nosso seminário. No primeiro dia, também fiquei devendo presença, já que fui obrigada a apresentar um trabalho na Ufal. Mas no segundo dia eu estava lá, ajudando na organização e observando o que rolava.

Nesse dia – 3 de novembro – tivemos dois painéis: webjornalismo e telejornalismo. E aí vimos, mais uma vez, a reafirmação do fascínio que a televisão ainda exerce sobre os estudantes. Choveu perguntas para os telejornalistas convidados – Vera Valério (TV Educativa), Michelle Barros (TV Gazeta) e Marcus Toledo (TV Pajuçara).

Uma delas foi essa aí na abertura do post, encaminhada à apresentadora do AL TV. Se a pergunta já foi interessante, o que dizer da resposta? Perdeu quem não foi, vai ficar na curiosidade.

Senti a falta de tempo para que os participantes respondessem a todas as perguntas do público, pois todos fizeram ótimas explanações. E, antes de comentar sobre a apresentação dos webjornalistas, um complemento: onde tem Marcus Toledo, não faltam gargalhadas, é fato! Sendo ele professor da Fits*, então..

>> Webjornalismo

Jornalistas Maikel Marques e Cláudia Galvão (no centro, o estudante e mediador Anthony Santos)

Jornalistas Maikel Marques e Cláudia Galvão (no centro, o estudante e mediador Anthony Santos)

Mas se choveu perguntas sobre o telejornalismo, o mesmo não aconteceu para os profissionais que trabalham em veículos de comunicação online. Digo isso porque uma das palestrantes, a jornalista Cláudia Galvão (AL 24 Horas) fez questão de enfatizar que não existe “webjornalista”, mas jornalista que trabalha com webjornalismo. “O profissional tem que estar pronto para tudo”, disse.

Maikel Marques, o blogueiro – de quem já falei em post recente – também esteve por lá, mostrando como o Blog do Maikel Marques começou. Aliás, começou com uma banana hein! Ééééé… era um enquete que questionava os leitores: “Qual candidato merece uma banana nessas eleições?” (quem quiser confere lá no brogroll da Cassilda o blog dele).

A última figura a palestrar foi Josenildo Torres (Tudo na Hora). E que figura! Autêntico até a alma, lá estava o Torres falando sobre suas opiniões acerca do mundo jornalístico. Muitas delas, aliás, das quais eu discordo um tanto. Questionado sobre o que é notícia, por exemplo, ele disse que seria tudo o que interessa ao grande público. “Alguma coisa sobre uma autoridade, por exemplo, interessa a muita gente. Mas um fato sobre alguém que mora no Benedito Bentes, não”, disse. Discordo hein!

>> Bastidores

Abaixo, uma foto da nossa fotógrafa oficial, Sionelly Leite, na hora em que ela preparava o click na apresentação da jornalista Michelle Barros. A intenção da blogueira foi ótima, o resultado nem tanto.. =S

Sionelly Leite

Sionelly Leite

No mais, o seminário foi um sucesso! A galera deu duro antes, durante e agora, analisando os resultados. Obrigada a todos os palestrantes e presentes. Esperamos que o evento se repita pelos próximos anos.

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* Faculdade Integrada Tiradentes, onde o seminário foi realizado.

Discutindo o mercado de trabalho

O efêmero lhe é inerente, a superficialidade é uma condição que pode e deve ser combatida, sempre que possível.

(Edvaldo Pereira Lima, professor da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), em sua obra ‘Páginas Ampliadas – o livro-reportagem como extensão do jornalismo e da literatura’, ao se referir à imprensa cotidiana)

I Seminário Perspectivas do Mercado em Comunicação

Em 2009, entra no mercado de trabalho mais uma turma de jornalistas formados pela Universidade Federal de Alagoas. Eu estarei no meio desses novos profissionais. Os estudantes que continuam nas faculdades sentem a necessidade de discutir as perspectivas do mercado em comunicação. E a nossa formatura está aí, pedindo reforço financeiro.

Por tudo isso, elaboramos o I Seminário Perspectivas do Mercado em Comunicação. É o primeiro evento voltado para a discussão de mercado em comunicação do Estado, pelo menos que lembremos. Isso nos ajudou a conseguir os patrocínios, devo lembrar. Aliás, nossos agradecimentos aos patrocinadores! Também sabemos que, por ser o primeiro, terá várias falhas. Esperamos que sejam mínimas, comparadas ao valor das discussões. As inscrições estão abertas! Participem!

O trabalho nas redações, as oportunidades do mercado, o perfil do profissional buscado pelas empresas. Tudo isso estará em pauta no I Seminário Perspectivas do Mercado em Comunicação, que ocorrerá nos dias 2 e 3 de dezembro, das 19h às 22h, no auditório da Faculdade Integrada Tiradentes (FITS). O evento é uma realização dos alunos do 4º ano de jornalismo da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e conta com o apoio da Ufal, Fits, Gráfica Arpoador, Rádio Pajuçara, Sebrae e com o patrocínio do Governo de Alagoas.

No Seminário, os participantes terão a chance única de interagir com os jornalistas que atuam na linha de frente da cobertura diária. Editores, chefes de reportagem, produtores, repórteres, fotojornalistas e assessores de imprensa trazem em primeira mão, as tarefas, as exigências, as alegrias e os dissabores do profissional comprometido com a informação nas empresas e nas redações.

A programação traz quatro painéis: assessoria de comunicação, webjornalismo, jornalismo impresso e telejornalismo. Na abertura, a presidente do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal), Valdice Gomes, traça um panorama sobre a atual situação do mercado de trabalho: carências, mudanças e perspectivas.

Entre os convidados estão profissionais de vários veículos e setores de comunicação, respeitados no mercado alagoano, como a assessora Luiza Barreiros (Ministério Público Federal),  o repórter Maurício Gonçalves (Gazeta de Alagoas), o editor de telejornalismo Marcus Toledo (Tv Pajuçara) e o blogueiro Maikel Marques.

As inscrições custam R$ 20 e poderão ser feitas no departamento de Comunicação Social da UFAL (24 e 25 de novembro) e nas bibliotecas do Cesmac – Fecom (26 e 27 de novembro) e da Fits (27 e 28 de novembro). Mais informações podem ser obtidas no Blog do Evento ou pelos telefones (82) 8817-3977 ou (82) 8802-6580. As vagas são limitadas.

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Veja também: PUTZ!!!

Criticar ou não criticar?

Ética e princípios morais andam juntos. Ou se têm, ou não se têm.

(Tarciana Santos, sobre ética no trabalho)

Opa, de volta, depois de uma semana sem postar. Peço desculpas às minhas leitoras e meus leitores fiéis – sei que já tenho dois, duas pessoas que me amam, por sinal. Mas isso é só um detalhe. =)

Vamos ao assunto que traz a blogueira de volta ao blog. Ontem tive uma conversa muito produtiva com as amigas Kassia Nobre e Deborah Freire – quase jornalistas: faltam os canudos. Produtiva, principalmente, por trazer à tona a discussão sobre ética no trabalho, passada praticamente em branco na universidade.

Sendo jornalista (futuro bem próximo para nós) e tendo em mãos um produto jornalístico de má qualidade, o que fazer? Criticar o trabalho em questão? Se sim, dentro ou fora do ambiente de trabalho? Diretamente para a/o autor/a ou por meio de superiores? Se não, deve-se deixar a responsabilidade da crítica unicamente nas mãos dos superiores?

Resumindo, foram esses os questionamentos que nos fizemos e tentamos nos responder durante a conversa. Antes de chegar a alguma conclusão, resolvi questionar uma outra amiga, que trabalha na área de engenharia de produção de uma grande empresa, a Tarciana – essa da frase de abertura da postagem.

Eis a resposta dela: “Na minha profissão, a segurança das pessoas é essencial. Se essa segurança é ameaçada, de alguma forma, pelo trabalho irresponsável de um colega, acredito que é meu dever alertá-lo. Se ele não me ouve, não posso ser negligente, levo o problema até meu superior”.

Agora a minha. Ao contrário do que pensam muitos profissionais, consigo comparar o jornalismo a profissões como a medicina ou a engenharia, cada uma com suas especificidades, é claro. Se Comunicação Social também é responsabilidade, como podemos ser negligentes com o mau jornalismo, aquele que lida sem cuidados com as informações repassadas aos leitores?

Afinal, informações irresponsáveis veiculadas pela imprensa já causaram transtornos irreparáveis a muitas vidas. Se não se quer ouvir as críticas e consertar os erros, não é por isso que fecharemos os olhos a eles. É claro, também, que isso não é justificativa criar mal-estar gratuito com colegas de profissão.

Seria isso fantasiar demais a realidade do nosso universo profissional? Está aberta mais uma discussão..

Introdução

Nunca espirre para dentro

(conselho do jornalista Carlos Nealdo para problemas amorosos)

Conversando com ele – ele mesmo, o grande conselheiro Nealdo -, chegamos à conclusão de que existem dois tipos de jornalismo e de jornalistas: o “bonzinho” e o “mauzão”. Ambos fazem (ou deveriam) seus trabalhos da melhor forma possível, com o profissionalismo que lhes é exigido. O primeiro atua nas assessorias de comunicação, o segundo nas redações. Como é fato, infelizmente necessário, muitos jornalistas acabam trabalhando nos dois lados da coisa. Mau mesmo é quando esses lados começam a se confundir. Aí o jornalismo se confunde também.